A Parada do orgulho LGBT de São Paulo é um evento de orgulho gay que acontece desde 1997 na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo.
Segundo o Guiness Book, a sua edição de 2006 foi considerada a maior parada gay do mundo, baseado em estimativas feitas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, que contabilizou 2,5 milhões de participantes.
Segundo a organização do evento, já em 2004 passou a ser a maior marcha deste tipo no mundo.
O evento conta com a participação de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis e transexuais), simpatizantes e pessoas curiosas passando no local. A principal reivindicação contida no evento tem sido o combate à homofobia (tema recorrente desde 2006).
Segundo a SPTuris (empresa estatal de turismo do município de São Paulo), a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo é o evento que atrai mais turistas à cidade, e em todo o país só fica atrás do Carnaval do Rio quando se consideram os turistas internacionais.
As edições de 2007 e 2010 foram as em que os organizadores estimaram o maior número de participantes: 3,5 milhões de pessoas.
Histórico
A edição de 2005 levou entre 1,8 milhão (dados da polícia local: estimativa de assistência às 17:00 locais) e 2,5 milhões (dados dos organizadores: estimativa de participantes durante toda a parada) de pessoas preenchendo por completo a Avenida Paulista em São Paulo.
Em 2055 o tema foi "Parceria Civil Já: Direitos Iguais, Nem Mais Nem Menos".
Em 2006, a Polícia Militar estimou o público em 2,5 milhões de pessoas (os organizadores estimaram em 3 milhões), sendo essa a última vez que a PM divulgou sua contagem, número esse que se encontra no Guiness Book como a maior parada gay do mundo.
Em 2008 a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo foi realizada em 25 de maio, com uma grande variedade de eventos associados (palestras, seminários, shows, apresentações etc.) que ocorrem, como de costume, antes e depois do dia da marcha propriamente dita.
Em 2009, a Parada Gay de São Paulo realizou-se em 14 de junho, com o tema “Sem homofobia, mais cidadania – Pela isonomia dos direitos”, enfatizando o apoio ao projeto que criminaliza a homofobia no Brasil (Projeto de Lei Complementar PLC 122/06).
A parada deixou bares lotados e contou com a presença da ex-prefeita Marta Suplicy e do atual prefeito Gilbeto Kassab, do governador José Serra e a adesão de sindicalistas (CTB, CUB, CUT, Força Sindical e UGT) e de comunidades religiosas como a Comunidade Cristã Nova Esperança, além dos tradicionais ativistas e simpatizantes.
Público presente
Uma das maiores dificuldades nas Paradas GLBT consiste no cálculo aproximado das pessoas presentes no evento.
Tomando-se como exemplo as Paradas LGBT de São Paulo, realizadas na Avenida Paulista, o evento comportaria um público aproximado de 300.000 pessoas num determinado instante.
Em contrapartida, dados de ocupação de hotéis e estabelecimentos de hospedagem em 2008 indicam a presença de 300.000 turistas que se dirigiram à capital paulista para participar do evento.
Dados de pesquisa de campo, realizados pela APOGLBT em 2005, estimam que 70% dos participantes residem na região metropolitana de São Paulo, ou seja, utilizando essa informação para extrapolar o número de participantes chegaríamos a um número próximo de 1.000.000 de pessoas que compareceram ao evento em diferentes momentos, caracterizando uma rotatividade de seus participantes.
Segundo estimativas a Polícia Militar de São Paulo, que não fornece estimativas oficiais para o evento, a região da avenida Paulista e regiões próximas de aglomeração, poderia comportar um púbico fixo de 978 mil pessoas.
Com uma taxa de renovação de 2:1 durante o evento, a região da avenida Paulista poderia comportar 1,9 milhão de pessoas segundo estimativas da Polícia Militar.
Pode-se supor que a taxa de renovação dos participantes da região metropolitana de São Paulo seja maior que a dos turistas considerando a proximidade de deslocamento, permitindo que números maiores de participantes sejam estimados.
Com essas dificuldades em se calcular a rotatividade dos participantes, o público de 2007 foi estimado em 3,5 milhões de participantes.
Em 2008 o público estimado pela organização do evento foi de 3,4 milhões de pessoas.
Em 2009, os organizadores estimaram o público em 3,1 milhões.
Ano | <>Edição | <>Organizadores | <>Polícia Militar |
---|---|---|---|
1997
|
I
|
2.000[12]
| |
1998
|
II
|
8.000[12]
| |
1999
|
III
|
35.000[12]
| |
2000
|
IV
|
120.000[13]
|
100.000[12]
|
2001
|
V
|
200.000[14]
| |
2002
|
VI
|
700.000[15]
|
400.000[15]
|
2003
|
VII
|
1.000.000[16]
|
800.000[17]
|
2004
|
VIII
|
1.800.000[18]
|
1.500.000[18]
|
2005
|
IX
|
2.500.000[18]
|
1.800.000[18]
|
2006
|
X
|
3.000.000[19]
|
2.500.000*[19]
|
2007
|
XI
|
3.500.000[20]
| |
2008
|
XII
|
3.400.000[21]
| |
2009
|
XIII
|
3.100.000[11]
| |
2010 | XIV | 3.500.000[22] |
* valor incluído no Guiness Book; após essa edição, a PM não divulgou mais estimativas.
Pesquisa entre os participantes
Uma pesquisa realizada durante a edição de 2005 do evento, realizada pela associação que coordena o evento e várias universidades (dentre elas, UERJ, USP e UNICAMP), revelou:
* 57,6% das pessoas que compareciam ao evento o faziam para que os homossexuais tenham mais direitos;
* 26,7% por curiosidade ou diversão;
* 8,9% por solidariedade com amigos ou parentes homossexuais;
* 4,1% para "paquerar";
* 1,6% para trabalhar;
* 1% por outros motivos.
Dentre os participantes:
* 25,9% se declararam heterossexuais.
Quando perguntados que leis ou projetos beneficiam a população LGBT:
* 40,4% lembraram a parceria civil;
* 26,7%, leis antidiscriminação;
* 24,1% dos participantes não souberam especificar.
Tema das Paradas
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