Nesta terça-feira (17) é o Dia Internacional Contra a Homofobia, e nesse clima de luta pelos direitos iguais, alguns famosos deram suas opiniões sobre essa questão que ainda tem muitas opiniões divergentes.
A atriz Luciana Vendramini está na novela “Amor & Revolução”, do SBT, e protagonizou o primeiro beijo gay da teledramaturgia brasileira.
Envolvida no tema, a loira disse o que acha do preconceito contra homossexuais: “Já melhorou muito, mas ainda existe muito no Brasil. Tem muita gente homofóbica. Mas acho que isso é falta de encarar a realidade, pois a vida é assim. Hoje em dia, todos os lugares que a gente vai têm gays. Muitas vezes são nossos amigos, parentes... Eu acho um preconceito desnecessário”.
Questionada sobre já ter sido vítima de alguma manifestação homofóbica por conta de sua personagem, Luciana contou sua surpresa: “Eu achei que fosse ter alguma coisa. Mas, por incrível que pareça, as pessoas estão torcendo pelo casal gay na novela”.
Já o ex-BBB Dicesar, homossexual assumido, revelou que já foi alvo de muito preconceito. “Já deram tapa na minha cara e eu não podia fazer nada. Agora que estou na mídia as pessoas me respeitam mais. Mas e os outros? Os gays anônimos?”, questionou.
O maquiador ainda falou sobre a possibilidade de as escolas começarem a dar orientação para as crianças sobre homofobia: “A solução tinha que ser educação. Não está tendo aula de sexo? Então, porque não ter sobre homossexualismo? Para eles terem uma nova visão do que é o gay”.
A cantora Maria Gadú foi outra que mostrou revolta com o tema. Ela contou que já viu até mesmo homossexuais sendo agredidos nas ruas de São Paulo: “Eu sou totalmente contra qualquer ato de depredação. Cada um tem livre escolha para fazer o que quer da vida e ninguém tem nada a ver com isso, caramba! Chegou em um lugar que não é mais preconceito. É outro conceito!”.
Gadú também deu sua opinião quanto à legalização do casamento gay: “Eu acho fantástica a aprovação da união homossexual. Eu não levanto bandeira gay ou hétero, mas acho que cada um tem de ser feliz como quiser”.
Leonardo Miggiorin está no ar com o homossexual Roni na novela “Insensato Coração” e em algumas cenas seu personagem sofre preconceito de Kléber, interpretado por Cássio Gabus Mendes. Por dentro do tema, Leo fez questão de dar sua opinião: “Tudo o que é diferente de nós, nos assusta num primeiro momento. A falta de conhecimento limita o ser humano. A única saída para o fim da ignorância, que gera violência, discriminação, preconceito, é, ao meu ver, através da educação. A orientação nas escolas, em casa, nas leis da sociedade, tudo faz diferença na luta pela igualdade de todos. É o direito de existir e se expressar que está em pauta”, disse o ator.
Para a ex-BBB Diana, que entrou no reality e assumiu em rede nacional que se relacionava tanto com homens quanto com mulheres, algumas pessoas até dizem que aceitam, mas que não suportam ver gays. “Acredito que vai um pouco além de ser conservador, é um estado contínuo de invasão de privacidade. É o fato de, infelizmente, algumas pessoas sentirem prazer de falar uma das outras e ditar o que é certo e errado”, opinou.
A loira ainda foi além e falou sobre uma possível solução para essa discriminação que ainda afeta a sociedade: “Acredito que quanto mais cedo for passado para as crianças quaisquer que seja o tipo de manifestação agressiva, ao que é considerado diferente ou errado, deve ser feito sim. O famoso bullying é formado nas escolas e daí já notamos o comportamento humano sendo envenenado precocemente. Seja o colega que é visto como ‘feio’ ou ‘gordo’, ou a menina que tem um só braço, ou até mesmo aquele que gosta do mesmo sexo. Acho que feio mesmo é se armar com boatos e disseminar raiva, feio é ter pré-conceito das pessoas e das coisas”.
Agora eu já penso que "Enquanto algumas pessoas estiverem usando venda nos olhos o preconceito em geral ainda prevalecerá. É muito mais fácil eu agir como a maioria do que deixar-me valer dos meus princípios, deixar-me agir conforme aquilo que acredito.
As pessoas tem muito medo em expressar suas opiniões e serem represadas por uma parte da sociedade que pensam serem os Donos da Razão.
Violência gera violência, isso é fato.
O mundo não vive mais na década de 50,60,70,80 e 90 ... o mundo evoluiu e as pessoas deveriam evoluir juntamente. Enquanto as pessoas se fecharem para as mudanças e evoluções do mundo moderno, coisas como preconceito de uma forma geral, homofobia, desavenças, humilhações públicas, violência, mortes e e mais mortes, ainda continuarão fazendo parte de nossos dias, estampando capas de revistas, matérias de jornais e manchando com sangue de inocentes brasileiros, que buscam apenas uma vida digna e com respeito, o chão dessa pátria tão sofrida que por muitos ainda se vê impossibilitada de acompanhar as mudanças humanitárias, democráticas e sociais do mundo."
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