terça-feira, 7 de junho de 2011

Site Oficial da Parada Hackeado

O site oficial da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), http://www.paradasp.org.br/, foi invadido por hackers no final da tarde desta segunda-feira (6).

Em destaque na página inicial do site consta a frase "Deus Criou o homem e a mulher, não existe terceira opção! (Site hackeado!)". Logo abaixo lê-se "Command tribulation! Site hackeado, APAIXO (sic) PL122!".

Ao clicar na mensagem, o internauta se depara com um desenho de um animal semelhante a um veado e um texto cujo desfecho é: "o salário do pecado é a morte: arrependam-se".


O PL122, ao qual o texto se refere, é o projeto de lei que visa tornar crime a homofobia no Brasil. Quem acessa o link encontra uma citação bíblica creditada ao Romanos I e a frase "O salário do pecado é a morte, arrependam-se!".
Mais abaixo, na página inicial, há uma referência ao deputado federal Jair Bolsonaro. "Bolsonaro, mais um defensor da familia Brasília (sic), instituição criada por Deus, e promulgada pelos homens, de acordo com a constituição", diz o texto.



Segundo os organizadores do evento, será registrado boletim de ocorrência na Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado). A entidade também pedirá apoio da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

É o segundo ataque ao site oficial da Parada Gay em menos de cinco dias. Na semana passada, mensagens com conteúdo religioso, condenando a união homoafetiva, ficaram por cinco minuto na página principal.

CARTA

A 15ª edição da Parada Gay de São Paulo foi lançada nesta segunda-feira com uma "carta aberta contra o conservadorismo e o fundamentalismo".

O documento foi divulgado em meio às discussões para a aprovação da lei contra a homofobia no Congresso Nacional e a distribuição do kit anti-homofobia, recentemente vetado pela presidente Dilma Rousseff (PT). O projeto encontra forte oposição da bancada evangélica da cidade.

O tema deste ano é "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia" e aborda questões religiosas. "Nos apropriamos da frase para pedir fim à guerra travada entre religião e direitos humanos", diz o texto.

Na coletiva, a Polícia Militar anunciou um reforço no policiamento em relação ao ano passado --foram 800 PMs atuando na edição passada; serão 1.500 neste ano.

A organização estima que 3 milhões de pessoas participarão da parada, na avenida Paulista.

Para este ano, está previsto um show de encerramento, mas as atrações ainda não foram definidas.



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